O Conselho de Administração da montadora japonesa Mitsubishi Motors anunciou nesta segunda-feira (12) que destituiu o presidente Carlos Ghosn.
Na quinta-feira (22), o executivo brasileiro já tinha sido afastado do Conselho de Administração da Nissan após prisão na semana passada por sonegação fiscal.
Um breve comunicado afirma que a diretoria do grupo considerou “difícil” manter no cargo o poderoso executivo, detido há uma semana em Tóquio.
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Ghosn era o principal responsável da Mitsubishi Motors desde 2016, quando esta empresa passou a ser controlada pela Nissan Motor para, mais adiante, se integrar a uma aliança tripla junto com a francesa Renault.
Um dos executivos mais poderosos da indústria automotiva, Ghosn é acusado de não declarar mais de 5 bilhões de ienes (o equivalente a R$ 167,4 milhões) de seu pagamento como presidente da montadora. As fraudes fiscais ocorreram entre 2010 e 2015, diz a promotoria japonesa.
Na última terça-feira (20), a Renault decidiu manter Ghosn como presidente-executivo e presidente do conselho, criando um comando interino. Nesta segunda, o presidente-executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, disse aos funcionários da montadora que a parceria com a Renault ‘precisa ser revista’, segundo a agência japonesa Kyodo News. De acordo com ele, o relacionamento com a parceira francesa “não é igual”.