VEJA SÃO PAULO
O projeto Molécoola foi fundado no final de 2017 e é especializado na coleta de recicláveis, mas com um diferencial: o lixo gera recompensas e pode ser trocado por benefícios. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Em um contêiner, um funcionário recebe os recicláveis dos interessados. O volume levado é então pesado e gera pontos cumulativos, registrados no aplicativo do celular (disponível para IOS e Android) do cliente. “Temos um educador ambiental nas unidades, que orienta também como o detrito deve ser higienizado antes de ser entregue”, explica Rodrigo Roessler, um dos sócios do empreendimento.
Além de economia no Uber e no Bilhete Único, é possível trocar a pontuação por créditos no Google Play e adquirir cartões-presente na loja on-line de videogames da Microsoft, além de conseguir sacos de lixo, material escolar, recarga no celular e, se quiser ser mais ecológico ainda, canudos de metal.
O primeiro ponto surgiu em fevereiro desse ano, no estacionamento do Parque Burle Marx, na Zona Sul. Os equipamentos necessários para a operação são relativamente simples: uma prensa hidráulica, um computador e um leitor de código de barras. O investimento por contêiner fica na casa dos 50.000 reais.
Até o final de outubro, a empresa havia recebido cerca de 10 toneladas de resíduos e contava com mais de 1 500 usuários cadastrados na plataforma. O lixo é coletado e levado para um galpão central, onde é vendido para companhias como a Klabin (fica com o papelão) e a Wise (plástico).
O modelo adotado é de franquia. A ideia é que quem adquira os contêineres sejam profissionais que já trabalharam com os recicláveis. “Buscamos catadores que queiram se tornar microempreendedores”, explica Roessler.
Quatro locais da cidade já foram contemplados com lojas, além do Burle Marx: os shoppings Center Norte e Jardim Sul e as unidades do supermercado Makro na Lapa e em Interlagos. “Queremos chegar a 100 pontos até o final de 2019”, almeja o fundador.