Uma nova tecnologia promete simplificar o caminho para detectar anemia, uma das doenças que mais afetam pessoas no mundo, com cerca de dois bilhões de casos.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, conseguiram criar um algoritmo para analisar a coloração das unhas de seres humanos e detectar a situação da hemoglobina presente no sangue.
O algoritmo interpreta imagens feitas pela câmera de um smartphone, e indica no ato se o paciente tem a doença ou não.
É que as unhas costumam ter bons indicadores para o nível de hemoglobina do sangue e dispensam a coleta de sangue.
Elas não contêm células que produzem melanina o que poderia mascarar sua cor original.
Lançamento
Os desenvolvedores pretendem lançar o app até a metade do ano que vem.
Se der certo, ele será uma alternativa interessante – bem mais cômoda que uma visita ao médico, por exemplo.
Quem sabe assim acabe a preocupação de estar em jejum para um exame de sangue.
O estudo sobre o novo app foi publicado na semana passada pela revista científica Nature Communications.
A anemia
A anemia é a doença do sangue que mais afeta pessoas no mundo, com cerca de dois bilhões de casos.
Ela é resultado da ausência de hemácias, ou glóbulos vermelhos saudáveis.
Quando essas estruturas não existem na quantidade adequada, o transporte de hemoglobina, proteína do sangue responsável por abastecer o corpo com oxigênio, fica comprometido.
Um corpo que não conta com todo o O2 que precisa, por sua vez, pode sofrer de sintomas como fadiga, dores no peito, tonturas ou batimento cardíaco acelerado.
Para detectar se alguém é anêmico, o exame mais comum é o hemograma.
Após a coleta de amostras, o paciente inicia uma espera que costuma demorar dias: o sangue retirado vai para um laboratório, que analisa o material a partir de aspectos como quantidade de hemácias, plaquetas e glóbulos brancos, e elabora um relatório.
Como
Para treinar a inteligência artificial a enxergar padrões nas cores das unhas, os pesquisadores fotografaram as mãos de 227 pessoas.
Todas haviam passado previamente por um hemograma, que estimou o total de hemoglobina em seu sangue.
Estudando esse material fotográfico, o algoritmo aprendeu a relacionar certas cores das unhas a determinados níveis de hemácias. Assim, a inteligência artificial ia criando sua própria escala.
Quando o grupo repetiu o teste com outras 100 pessoas, o algoritmo já sabia dizer com precisão quem tinha problema na concentração de hemácias e quem não estava anêmico.
De acordo com os pesquisadores, a eficácia do teste é igual ou até superior a outras ferramentas de diagnóstico aprovadas pela FDA, agência federal do governo americano.
A margem de erro é de apenas 0,92 grama/decilitro de sangue.
Homens saudáveis têm pelo menos 13 gramas/decilitro – taxa que é de 12 gramas/decilitro no caso das mulheres.
Veja como funciona: