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A Câmara Municipal de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na manhã desta segunda-feira (17). O objetivo da operação Caça Fantasmas foi apreender documentos relacionados à contratação de servidores que nunca teriam, efetivamente, prestado serviços ao Poder Legislativo.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Segundo investigações do MPMG, iniciadas em janeiro de 2017, cerca de 50 servidores e estagiários eram remunerados para prestação de serviços particulares aos vereadores, inclusive em campanhas eleitorais, mas nunca sequer estiveram no edifício da Câmara.
Um dos casos mais destacados é de um servidor, ocupante de cargo de confiança na Câmara Municipal de Santa Luzia, mas que havia deixado o Brasil em 2016 e morava na Inglaterra. Mesmo sem estar em Santa Luzia, sua folha de ponto era assinada de forma assídua e o homem continuava a receber como assessor de gabinete.
De acordo com o MPMG, as provas foram obtidas por meio de relatos de testemunhas e informações da Polícia Federal a partir do Sistema de Tráfego Internacional de Pessoas.
Os documentos alvo da busca foram apreendidos por determinação da 2ª. Vara Criminal da Comarca de Santa Luzia, que também deferiu a quebra do sigilo bancário de alguns dos investigados para rastrear o destino final dos recursos desviados.
Os investigados podem ser acusados de associação criminosa (pena de reclusão de um a três anos), falsidade ideológica (pena de reclusão de um a cinco anos), peculato (pena de reclusão de dois a doze anos) e lavagem de dinheiro (pena de reclusão de três a dez anos).
A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a assessoria da Câmara Municipal de Santa Luzia e aguarda um posicionamento.