Apesar das temperaturas recordes registradas nesta semana em diversas partes do país, o verão só começa na sexta-feira (21), às 20h22 (horário de Brasília). Abaixo, o VIA COMERCIAL responde quatro perguntas básicas para quem está preocupado sobre como será a estação e como curtir com segurança.
- O calor intenso deve continuar?
- Quais os riscos de tomar muito sol?
- Qual o principal cuidado na hora dos exercícios?
- Quais alimentos combinam com o calor?
Veja as respostas abaixo:
1) O calor intenso deve continuar?
De acordo com a previsão do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os próximos três meses devem ser de temperaturas acima da média histórica no Brasil.
A estação será influenciada pelo El Niño. Isso significa chuvas acima da média na maior parte da região Norte, com exceção do Amazonas; em grande parte do Centro-Oeste (exceto no sul do MS); e em grande parte do Sudeste, com exceção do Rio. Também haverá chuvas acima da média em alguns estados do Nordeste: na Bahia, litoral de Alagoas até o Rio Grande do Norte, além do sul do Piauí e do Maranhão.
Com os dias mais quentes e as mudanças no regime de chuvas previstos pelo Inpe, é preciso tomar alguns cuidados específicos nesta estação do ano — que deve durar até 20 de março de 2019, segundo dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.
2) Quais os riscos de tomar muito sol?
O oncologista Rodrigo Munhoz, diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc), explica que a exposição excessiva ao sol é perigosa e seus efeitos são cumulativos. “Lá na frente é que vai gerar o resultado”, explica Munhoz.
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam cerca de 170 mil novos casos de câncer de pele no Brasil em 2018. O número representa em torno de 30% dos casos de câncer no país. A maioria é do tipo não melanoma, o menos grave.
Para prevenir a doença, o médico recomenda as seguintes medidas:
- evitar exposição ao sol nas horas de pico (10h às 16h);
- usar protetor solar com fator de proteção pelo menos 30, e reaplicá-lo a cada duas horas;
- usar métodos de barreira — como guarda-sol, roupa com proteção UV, óculos e chapéu.
Já quando a preocupação é ajudar na produção de vitamina D, a exposição pode ser pontual. “Tomar 10, 15 minutos de sol por dia, em torno das 10h, já é suficiente”, explica a médica pediatra da Faculdade de Medicina da USP Ana Escobar.