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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) pediu, nesta segunda-feira (24), a interdição da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A decisão do juiz de plantão Wagner Cavalieri, da 1ª Vara da Fazenda Municipal, foi tomada após um detento se ferir durante uma tentativa de fuga na madrugada deste domingo (23) e diante às dezenas de fugas registradas na penitenciária neste ano. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Em sua decisão, o juiz Wagner Cavalieri alega que a Nelson Hungria pode abrigar, no máximo, 1.640 detentos. Atualmente, porém, o presídio passa por superlotação com 2,3 mil presos. Além disso, a decisão da Justiça determina que a penitenciária tenham 600 agentes prisionais, ao invés dos atuais 540 servidores designados para fazer a segurança dos presos.
Em abril, a Nelson Hungria chegou a ser parcialmente interditada a pedido do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciários de Minas Gerais (Sindasp), limitando o número máximo de presos a 2 mil. Mas, segundo o juiz Wagner Cavalieri, desde a interdição parcial, não foram notadas melhorias no sistema de segurança da penitenciária.
“Há uma inércia jamais vista por parte de autoridades responsáveis pela manutenção e funcionamento do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, transferindo o peso da responsabilidade para a atual direção e para os agentes que trabalham lá”, diz parte da decisão judicial.
O governo de Minas será notificado sobre a interdição até esta quarta-feira (25) e a Secretaria de Administração Prisional (Suapi) ainda vai se manifestar sobre o assunto.
Ao todo, mais de 30 detentos fugiram da Nelson Hungria apenas neste ano. Na madrugada de domingo (23) para segunda-feira (24), um detento ficou ferido ao tentar escapar da penitenciária com o auxílio de uma corda. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) confirmou que um grupo foi flagrado tentando fugir pelo telhado do anexo 1.