Deutsche Welle
As forças de segurança do Egito afirmaram neste sábado (29/12) ter matado 40 supostos terroristas em três operações coordenadas em vários pontos do país, em resposta ao atentado contra um ônibus de turistas no Cairo que nesta sexta-feira causou a morte de pelo menos três turistas vietnamitas e seu guia, ferindo outras 12 pessoas.
O Ministério de Interior anunciou que as operações foram feitas na península do Sinai e na província de Gizé, a oeste do Cairo.
Os terroristas estariam preparando e planejando ataques contra instituições do Estado, polícia e Forças Armadas, além de alvos do setor turístico e igrejas cristãs, segundo nota do ministério divulgada pela agência oficial Mena.
Pelo menos 14 supostos terroristas foram abatidos em um tiroteio em uma casa que usavam como refúgio em área nos arredores do Cairo.
A polícia abateu outros 16 supostos terroristas em uma operação na região de Abne al Gizé, na estrada para o oásis de Gizé, a oeste da capital egípcia.
Outros dez supostos terroristas foram mortos em um esconderijo na área residencial de Ibni Beitek, na cidade de Al Arish, no norte da península do Sinai.
Este grupo tinha grande quantidade de artefatos explosivos, armas de fogo e munição de vários calibres e material para a fabricação de bombas, acrescentou o comunicado, que não identificou a que grupos terroristas pertenciam os suspeitos.
As operações aconteceram horas depois do atentado contra um ônibus de turismo no qual morreram quatro pessoas, entre elas três turistas vietnamitas, e outras 12 ficaram feridas.
Desde a derrubada do presidente islâmico Mohammed Morsi através de um golpe liderado pelas Forças Armadas em 2013, a situação da segurança no Egito é instável, com frequentes ataques terroristas.
Em grande parte das vezes, os alvos são forças de segurança ou a minoria copta cristã. Mas também turistas são alvos dos ataques.
O país está em estado de emergência desde abril de 2017 após uma série de atentados contra igrejas no país.
Em fevereiro deste ano, as Forças Armadas do Egito iniciaram uma grande campanha militar contra o grupo terrorista Wilayat Sina, braço egípcio do “Estado Islâmico”, e mataram 459 suspeitos de terem envolvimento com a organização.