Equipes do Serviço Voluntário de Resgate de João Monlevade (Sevor) suspendeu nesta terça-feira (2) as ações de salvamento devido uma portaria na legislação estadual que estabelecem série de exigências para que o grupo possa continuar os trabalhos. A legislação de número 22.834, com a portaria 33 editada pelo Corpo de Bombeiros Militar foi sancionada pelo ex-governador de Minas, Fernando Pimentel.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A lei impõem, entre outras coisas, que o Sevor e demais grupos de resgate voluntários como o Grupo de Atendimento Voluntário de Emergência (Gave), Resgate Emergencial Voluntário da Estrada Real (Rever), Anjos do Asfalto. Bombeiros Voluntários de São Domingos do Prata se credenciem junto a Corporação Militar. O mesmo vale para Associações dos Bombeiros Voluntários.
Voluntários do Sevor se reuniram na tarde de ontem (1º) em assembleia para decidirem o futuro das ações. O presidente da entidade, Renato Carvalho, informou que por temer ações que possam vir a prejudicar os trabalhos do Sevor e também dos voluntários, as atividades da entidade estão suspensas por tempo por tempo indefinido e os voluntários passarão apenas a realizar atividades internas.
No dia 26 de dezembro, quando equipes do Sevor faziam atendimento a um acidente em Nova Era foram oficializados pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais que caso continuemos as atividades a partir de janeiro 2019, poderiam ser notificados, multados e até interditados.
Uma nota de esclarecimento sobre a questão foi divulgada. No texto, a diretora do Sevor explica que “as ocorrências recebidas serão registradas e repassadas a Unidade do Bombeiro Militar da cidade de Itabira, a 42 km de João Monlevade, para que estes venham realizar o atendimento em nosso município e região. A partir de janeiro 2019 com a suspensão das atividades das Equipes de Resgate Voluntária, as Unidades dos Corpos de Bombeiros Militares terão aumento no número de ocorrências, aumentará os gastos do Estado, terão maior desgaste das viaturas e do efetivo e para piorar quem solicitar atendimento terá que aguardar mais tempo para a chegada do socorro”.
Ainda na tarde de ontem as equipes do Sevor se posicionaram na entrada de João Monlevade com ambulâncias e voluntários e promoveram uma ação para chamar atenção da população sobre a paralisação das atividades. Depois, os socorristas foram até o centro da cidade. O movimento ganhou grande adesão da população que abraçou a causa.
Adequação à legislação
A legislação que impede que os grupos de resgate voluntários da atuar em salvamentos nas estradas tem uma série de normas. Por conta disso, em outubro do ano passado representantes das Associações dos Bombeiros Voluntários e Equipes de Resgate Voluntárias solicitaram formalmente ao Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais pequenas alterações na Portaria 33 e maior prazo para adequação, porém não houve retorno até o presente momento.
Em Minas Gerais dos 853 municípios, aproximadamente apenas 73 possuem Unidade do Corpo de Bombeiros Militar.
Desde 1998
O Serviço Voluntário de Resgate atua desde 1998 na cidade de João Monlevade, Bela Vista de Minas, Nova Era, São Domingo do Prata, Rio Piracicaba, Alvinópolis e São Gonçalo do Rio Abaixo. A Central Operacional possui quatro unidades de resgate e 80 voluntários. Por ano, a média de atendimentos é de 1.250. Entre os voluntários há médicos, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, técnico segurança do trabalho e bombeiro profissional civil. Todos passam por curso de 380 horas e estágio supervisionado.
(Fonte: Site OPopular)
1 comentário
Lamentável a conduta formado pelo corpo de bombeiros militar a qual deveria seguir os exemplos de outros países onde este trabalho é voluntário. Infelizmente no Brasil ainda existe esta pratica que deveria ser desmilitarizada uma vez que nossa função é de ajudar a sociedade e de salvar vidas e não impor práticas corporativistas que visam interesses próprios e não de nossa sociedade. À corrupção infelizmente assola não só nosso país mas também nosso trabalho em busca de uma sociedade melhor. Cabe a nós que fazemos é arriscamos nossas vidas por nossa sociedade de forma voluntária e não remunerada lutarmos é continuarmos a fazer o bem. E cabe a sociedade olhar e reconhecer este trabalho realizado por pessoas que se dedicam e colocam suas vidas de maneira voluntária a sociedade promovendo o senso de justiça e cidadania sem interesses como alguns que se intitulam bombeiros, mas que não tem honrado ou entendido de nada o significado e a pratica de ser verdadeiramente um Bombeiro, respeitando humildemente e reconhecendo o trabalho verdadeiro realizado pelos verdadeiros Bombeiros militares que honram sua missão é trabalho não para sua instituição e sim para sua sociedade. A estes meu humilde e sincero agradecimento. Aos demais que se dizem bombeiros sigam outra profissão pois esta missão não é praticado desta forma. Att. Leandro burigo. Pres.interino da Associação Sul Brasileira de Socorristas e Bombeiros Asbsbv Leandro Burigo