Agência Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu, hoje (3), a necessidade de mudanças na estrutura diplomática brasileira. Segundo ele, é necessário reestruturar o órgão para que continue a ser “um sustentáculo” do país. A afirmação ocorreu durante a cerimônia em que o novo secretário-geral do Itamaraty, o diplomata Otávio Brandelli, foi empossado no cargo.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“Assim como eu, Otávio [Brandelli] é alguém que ama esta instituição e que, por isso mesmo, sente que devemos mudar algumas coisas para que o Itamaraty continue sendo um sustentáculo deste edifício que estamos construindo no Brasil”, disse o chanceler, que viaja ainda hoje para Lima, no Peru.
Araújo disse estar convencido de participar da “construção de algo novo” no país. “[Diante da] política externa que queremos implementar, temos que ter esta mentalidade de que estamos construindo algo e não simplesmente administrando. E de que este edifício que estamos construindo faz parte de algo maior, coeso”, acrescentou Araújo.
Sobre Brandelli, com quem serviu em Bruxelas, o ministro disse ser um “dos diplomatas mais competentes de qualquer geração. Um gestor brilhante”.
Mudanças
Ao discursar, Brandelli também comentou a necessidade de mudanças. Atribuindo ao posto de secretário-geral a atribuição de “manter a tradição” da pasta, ele assegurou que não vai se apegar à defesa da tradição como forma de dificultar as inovações de que a pasta precisa.
“Jamais interpretarei a defesa da tradição como um apelo cego ao passado. Tampouco como uma justificativa vã para o imobilismo diante dos nossos desafios”, disse Brandelli. “O povo brasileiro falou nas urnas que quer mudanças, e dedicarei todo esforço para promover e implementar estas mudanças conforme as orientações.”
Como secretário-geral, Brandelli será o principal assessor do chanceler e também será responsável por parte das questões administrativas.