Os servidores da Justiça do Trabalho em Itabira marcaram para às 13h desta segunda-feira (21), uma manifestação contra as declarações do presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL), sobre a possível extinção do órgão. O ato, será em frente ao prédio da Justiça do Trabalho na avenida Prefeito Li Guerra, no bairro Praia, em Itabira.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A manifestação em Itabira segue o exemplo de atos marcados em todo o país para esta segunda. Em Belo Horizonte, por exemplo a manifestação terá representantes da Associação Mineira dos Advogados Trabalhistas (AMAT), Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG), Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Associação dos Magistrados Trabalhistas de Minas Gerais, Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sintraemg) e do Sindicato dos Servidores, o protesto será às 8h30 na porta do prédio que sedia a Justiça do Trabalho, no Barro Preto.
Em Itabira os servidores fizeram uma faixa representando o luto e prometeram uma manifestação tranquila. A manifestação começou a ser idealizada após Jair Bolsonaro promover declarações polemicas ao canal SBT. Em entrevista ele falou sobre o que considera um excesso de proteção da classe trabalhadora e na defesa que fez do fechamento das varas do trabalho. “Qual país do mundo que tem? Tem que ser Justiça comum e a sucumbência”, afirmou.
Servidores e órgãos ligados à Justiça, sentiram o tom da ameaça e resolveram ir às ruas reivindicar a manutenção da Justiça do Trabalho.
Em nota divulgada à imprensa e as redes sociais a Associação Brasileira de Advogados Trabalistas (Abrat) repudiou a manifestação do presidente da republica. Segundo o órgão o anúncio feito pelo presidente da república em rede acional, no dia 03/01/2019, “não se tratam de meros boatos”.
“Sinais de rompimento com as instituições e estruturas que garantem a efetividade da Justiça Social e de direitos e garantias individuais já foram dados: editou-se MP fatiando as atribuições do Ministério do Trabalho, no primeiro dia de governo; declarou em rede nacional, que “se tiver clima” pode transferir a Justiça do Trabalho para a Justiça Comum e a tramitação da PEC 300, em pleno recesso parlamentar, no dia 09/01/2019, que foi distribuída a um Relator na CCJ”, diz a nota.