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Neurologistas de várias partes do Brasil estão fazendo – e estudando a possibilidade de aplicar na rede pública – um novo procedimento experimental contra o AVC isquêmico, chamado trombectomia.
É o projeto Resilient, que está sendo realizado no Hospital de Base, em Brasília e em outras 20 unidades hospitalares do país.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O novo procedimento retira coágulos de vasos sanguíneos do cérebro. O médico insere um cateter no vaso sanguíneo obstruído pelo coágulo e o retira manualmente.
O Distrito Federal é a terceira unidade da Federação que mais conseguiu realizar testes com os pacientes: foram 30 pessoas submetidas ao procedimento de junho de 2018 a janeiro de 2019.
Análise
Umas das neurologistas responsáveis pela pesquisa no DF, Letícia Rebello conta que o estudo segue agora para a análise interina.
“Todos os pacientes já foram submetidos ao procedimento e agora esperamos a análise dos dados de efetividade para avaliar o procedimento.
Caso a gente chegue aos números dos estudos internacionais, será um evento revolucionário no tratamento do AVC isquêmico no Brasil, definitivamente”, acredita.
O procedimento é caro, porque o cateter utilizado e os equipamentos de hemodinâmica custam altos preços no mercado. Ainda não há previsão de quanto custaria aos cofres públicos a compra.
“Toda a questão financeira será analisada depois, quando o estudo de efetividade for concluído e entregue ao Ministério da Saúde. É lá que eles vão tomar a decisão pela compra e ver os custos”, conta Letícia.
Hoje, para tratar o AVC, médicos aplicam um remédio na veia do paciente que, circulando pelo sangue, chega ao coágulo e desobstrui o vaso sanguíneo.
Esta técnica existe há 17 anos, foi trazida dos EUA e é a única utilizada para a retirada do coágulo na rede pública de saúde do país.
Com informações do CorreioBraziliense