Vale e sindicato Metabase Itabira se reuniram nesta segunda-feira (05), para discutir as medidas de segurança de barragens adotadas pela mineradora nas suas operacionais no município. Entre as barragens estão duas das maiores de Minas Gerais, a barragem do Itabiruçu e do Pontal, que juntas são quarenta vezes maiores que a barragem da mina do Córrego do Feijão, que se rompeu em Brumadinho, no último dia 25 de janeiro. “Cobramos firmemente respostas convincentes sobre o pânico que se instaurou em Itabira, devido as barragens que nos cercam”, disse André Viana, líder sindical.
Entre as medidas discutidas no encontro o Metabase Itabira cobrou da Vale um acompanhamento de engenheiros independentes, paralelo à empresa. Segundo o sindicato esses engenheiros poderiam emitir laudos, pareceres e até mesmo auditar os serviços nelas realizadas. “Assim teremos uma outra leitura das barragens e não somente da empresa”, ponderou Viana.
Outra medida cobrada pelo Metabase foi a conclusão do plano de emergência que se arrasta ao longo do tempo. “A Vale nos prometeu a conclusão desse plano ainda este ano, e que tudo será resolvido, inclusive as simulações com os toques das sirenes que já estão sendo implantadas”, afirmou André Viana.
Quanto às técnicas utilizadas nas barragens em Itabira e periodicidade de fiscalização, a mineradora afirmou aos sindicalistas que essas vistorias passaram a ser diárias, antes eram quinzenais, e as técnicas são as melhores, inclusive com todas as licenças em dia.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Em nota o sindicato informou que o gerente-geral das minas em Itabira, Rodrigo Chaves, garantiu que não haverá demissões em Itabira, em virtude do acidente de Brumadinho e em caso de uma eventual paralisação de produção nas Minas da cidade.