Agência Brasil
“Um ponto fundamental é o reconhecimento que o papel do Brasil na transição democrática da Venezuela é essencial, e a contribuição que a gente pode dar é muito valorizada, especialmente pelas lideranças democráticas venezuelanas”, ressaltou.
Em seguida, o chanceler destacou a necessidade de uma ação conjunta para apoiar a gestão do presidente interino, Juan Guaidó. “[Que] nós, junto com toda a comunidade internacional, nos mobilizemos e continuemos mobilizados para apoiar o esforço do presidente interino, Juan Guaidó, em favor da transição democrática. Isso é absolutamente central.”
Para Araújo, o esforço comum é para restabelecer a democracia na Venezuela. “Estamos prontos, em coordenação com eles, para apoiar a continuação desses esforços rumo à democracia, o que não se considerava possível há algum tempo atrás.”
Militares
Ontem (05/02) o chanceler afastou a hipótese de uso de tropas militares para enviar ajuda humanitária à Venezuela: “[ Isso] não está em consideração”. Segundo ele, está em processo de criação uma coordenação em Brasília para disponibilizar doações.
Na semana passada, em Brasília, Araújo ressaltou o apoio ao governo interino de Juan Guaidó e a ajuda humanitária à Venezuela. A Colômbia vai concentrar uma espécie de central de distribuição. As autoridades examinam a forma segura para que as doações cheguem à população venezuelana.
Antes dos Estados Unidos, o chanceler esteve no Canadá, em Otawa, onde participou das reuniões do Grupo de Lima. No encontro, os representantes do bloco defenderam restrições às negociações econômicas envolvendo integrantes do governo Nicolás Maduro, assim como referendaram apoio a Guaidó.
Araújo se reuniu ontem com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu. Segundo o Itamaraty, eles conversaram sobre a agenda bilateral, discutiram os respectivos entornos regionais e examinaram a situação na Venezuela e no Oriente Médio.