O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,32% em janeiro, acima dos 0,15% de dezembro, segundo divulgou nesta sexta-feira (08/02) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O índice acumulado em 12 meses ficou em 3,78%, levemente acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em 2018, a inflação oficial fechou o ano em 3,75%, abaixo do centro da meta fixada pelo governo, que era de 4,5%. Para 2019, o alvo central foi fixado em 4,25%.
Alimentos puxaram alta no mês
De acordo com o analista do IBGE, Pedro Kislanov da Costa, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pressionou a inflação em janeiro. Produto básico na mesa dos brasileiros, o feijão carioca foi o que teve a maior alta no mês (19,76%), respondendo por 0,03 pontos percentuais (p.p.) sobre o índice. Todavia, o maior impacto individual no indicador de janeiro partiu das frutas, cujos preços médios tiveram alta de 5,45%, mas com impacto de 0,06 p.p.
Veja abaixo a inflação de janeiro por grupos pesquisados e o impacto de cada um no índice geral:
- Alimentação e Bebidas: 0,90% (0,22 ponto percentual)
- Habitação: 0,24% (0,04 p.p.)
- Artigos de Residência: 0,32% (0,01 p.p.)
- Vestuário: -1,15% (-0,07)
- Transportes: 0,02% (0,01 p.p.)
- Saúde e Cuidados Pessoais: 0,26% (0,03 p.p.)
- Despesas Pessoais: 0,61% (0,07 p.p.)
- Educação: 0,12% (0,01 p.p.)
- Comunicação: 0,04% (0 p.p.)
Perspectivas para 2019
Para 2019, os analistas das instituições financeiras diminuíram a expectativa de inflação de 4% para 3,94%, segundo a última pesquisa “Focus” do Banco Central. Essa foi a terceira queda seguida do indicador e, também, foi a primeira vez que o mercado estimou que o IPCA ficará abaixo de 4% neste ano.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que foi mantida esta semana pela 7ª vez seguida em 6,5% ao ano. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.