Agência Brasil
“Aquilo não era um puxadinho que o clube escondia. Era um alojamento confortável, adequado à sua finalidade. A estrutura organizacional do Flamengo fez preventivamente uma manutenção em todos os aparelhos de ar-condicionado e isso pode ser mostrado para quem quiser”, declarou Belotti.
O dirigente rubro-negro também defendeu as instalações do alojamento dos atletas de base do clube e reiterou a cooperação com o Corpo de Bombeiros para o resgate das vítimas. Segundo a prefeitura do Rio, o projeto enviado às autoridades previa um estacionamento no local, e o clube pagou apenas 10 de 31 multas emitidas por infrações.
“Isso não tem nada a ver com o acidente que ocorreu. Temos providências a tomar para o CT ser legalizado. Estamos trabalhando para isso. Precisávamos de nove certificados, já temos oito. Estamos trabalhando com os bombeiros”, acrescentou Belotti.
Segundo o presidente-executivo do Flamengo, os ventos entre 110 e 120 quilômetros por hora que atingiram o Rio de Janeiro na noite de quarta-feira (06/02) não afetaram as instalações do Centro de Treinamento George Helal, também conhecido como Ninho do Urubu. Ele, no entanto, disse que a região da Vargem Grande foi muito atingida, provocando picos de energia na área que podem ter se refletido nos aparelhos de ar-condicionado do alojamento e ocasionado o incêndio.
“Nós tivemos queda de postes, que atingiram a alimentação e a energia elétrica do CT. As condições do tempo e os picos de energia talvez tenham influenciado no funcionamento regular do ar-condicionado”, declarou.
Apesar dos pedidos para responder aos vários questionamentos dos jornalistas, Belotti saiu sem falar com a imprensa. Ele não respondeu por que o espaço era usado como dormitório sem autorização, nem por que deixou de informar aos órgãos responsáveis a mudança de destinação da área de estacionamento. Ele também não detalhou as infrações que justificaram as 31 autuações da prefeitura do Rio.