Por Agência Télam
Os organizadores do ato afirmaram, em manifesto lido no evento, “seu profundo rechaço à traição perpetrada pelo governo da Espanha na Catalunha”. Segundo eles, o governo “cedeu à chantagem daqueles que querem destruir a convivência cidadã no país”. Em falas no protesto, condenaram o fato de Sánchez ter cedido a exigências dos separatistas para viabilizar a aprovação do orçamento geral do país.
Ao fazer isso, acrescentaram, o primeiro-ministro teria descumprido sua obrigação de resguardar a ordem constitucional do país e renunciado à preservação da unidade nacional. Caberia apenas ao conjunto do povo espanhol decidir sobre aspectos nesse sentido, inclusive sobre “o que é a Espanha e o que pode deixar de ser a Espanha”.
A partir desse conjunto de críticas, e rejeitando o aceite ou concessões do governo ao avanço e à concretização do processo de separação pretendido por grupos catalães, os partidos de direita incluíram como pauta do protesto a convocação de eleições gerais imediatamente.
Santiago
A pouco mais de 600 quilômetros, em Santiago de Compostela, no estado da Galícia, outro protesto reuniu milhares de pessoas. A pauta central era a defesa do sistema de saúde pública do estado contra propostas que, segundo os autores da manifestação, podem gerar prejuízos aos usuários ou o seu desmonte.
Contudo, em falas durante a manifestação e nas redes sociais, apoiadores estabeleceram uma contraposição entre os dois atos, rejeitando o protesto em Madri por críticas aos partidos de direita e enaltecendo a atividade em Santiago.
Na rede social Twitter, o primeiro-ministro Pedro Sánchez ressaltou que o governo “trabalha pela unidade da Espanha e que isso significa unir os espanhóis, e não enfrentá-los, como fazem as direitas”. Segundo o primeiro-ministro, a democracia envolve muitas alternativas. “E a nossa é convivência, lei e diálogo na Catalunha”.
*Com informações da Télam