Os economistas do mercado financeiro baixaram, pela quarta semana seguida, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019. A estimativa passou de 3,94% para 3,87%.
Os dados fazem parte do boletim de mercado conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (11). O boletim é resultado de levantamento feito na última semana com mais de 100 instituições financeiras.
Na semana anterior, a previsão para a inflação havia recuado, pela primeira vez, para um patamar abaixo de 4%.
Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação fixada para este ano, de 4,25%. A meta tem um intervalo de tolerância que vai de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro permaneceu inalterada em 2,50% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia continuou também em 2,50%.
Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que seguiu em 2,50% para os dois anos.
Outras estimativas
- Taxa de juros – O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa de juros, a Selic, no fim de 2019. Atualmente, o juro básico da economia está neste patamar, que também é a mínima histórica. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas continuam prevendo alta dos juros no ano que vem.
- Dólar – A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, ficou inalterada em R$ 3,75 por dólar.
- Balança comercial – Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 continuou US$ 51 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 46,75 bilhões para US$ 48 bilhões.
- Investimento estrangeiro – A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, subiu de US$ 79,5 bilhões para US$ 80 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas avançou de US$ 80 bilhões para US$ 82,44 bilhões.