Uma megaoperação contra o tráfico de drogas cumpriu 48 mandados de prisão temporária e 56 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, Bocaiúva e São Joaquim de Bicas, na Região Norte de Minas Gerais, na manhã desta segunda-feira. Denominada ‘Macaúbas’, a força-tarefa teve o objetivo de desarticular núcleos marginais comandados de dentro de quatro presídios do estado: dois de Montes Claros, um de Bocaiúva e um de São Joaquim de Bicas. Os trabalhos foram conduzidos pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por intermédio da Promotoria de Justiça de Bocaiuva e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Militar.
Segundo a PM, as investigações duraram cerca de um ano e revelaram a dinâmico do tráfico de drogas de Bocaiúva e região. A operação chegou até fornecedores, transportadores e vendedores da droga. Parte dos envolvidos, inclusive, era formada por adolescentes. Eles ficavam responsáveis por executar desafetos e guardar as bocas de fumo e depósitos armados.
De acordo com a polícia, os trabalhos também resultaram na apreensão de seis armas de fogo, entre elas uma submetralhadora calibre .40, além de 300 gramas de crack; 300 pinos de cocaína vazios; 17 porções de cocaína; 17 aparelhos celulares e R$ 3,382,00 em dinheiro vivo.
Ao decorrer das investigações, as forças de segurança prenderam 16 pessoas por tráfico de entorpecentes e apreenderam cinco veículos utilizados pelas quadrilhas, conforme a polícia. Além disso, 13 celulares pertencentes aos investigados, R$ 1.726,00 em dinheiro vivo, 2,5 quilos de Crack, 336 gramas de cocaína, 13 papelotes da mesma droga, 36 barras, 12 tabletes, 13 buchas e 01 (um) pé de maconha também foram interceptados. As autoridades também apreenderam 475 munições de diversos calibres.
A operação contou com a atuação de 186 policiais militares de Montes Claros, Bocaiúva, Engenheiro Dolabela, Olhos D’água, Guaraciama e Francisco Dumont, distribuídos em 40 viaturas. Outros 20 agentes penitenciários, estes últimos atuando no Presídio de Bocaiuva, também contribuíram a partir de uma varredura completa na unidade prisional da cidade. No presídio, os agentes recolheram dois chips de telefonia móvel.
De acordo com a corporação, novas prisões podem acontecer nos próximos dias, ao decorrer das diligências.