A Polícia Civil de Minas Gerais conseguiu identificar cerca de 20 fragmentos ou corpos de vítimas da tragédia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por meio do exame de DNA, considerado o método mais eficaz para o estado de decomposição dos corpos, segundo a PC. Com isso, o número de mortos pode subir. Dados que devem ser divulgados nos próximos dias.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Ainda de acordo com a PC, desde o início das operações de buscas na área atingida pela lama da barragem Mina Córrego do Feijão, há 22 dias, foram encontrados 299 corpos ou fragmentos. Desses 182 foram identificados e 117 ainda aguardam identificação. O superintendente de polícia técnico-científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, explica que o número de identificados é diferente do número de mortos, porque mais de um fragmento identificado pode pertencer a apenas uma pessoa.
Os números foram divulgados durante coletiva de representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil de Minas Gerais.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informou que, a partir de agora, o número de desaparecidos tende a cair. “Com um trabalho excelente da Polícia Civil a gente entra em um momento de identificação dos fragmentos, resultando em um aumento dos identificados e na queda do número de desaparecidos”, disse.
Segundo o militar, as buscas não sofreram redução e não há previsão de encerramento das atividades. “Nós só vamos parar com as buscas quando não houver possibilidade de recuperação dos corpos pela própria decomposição ou quando todos os corpos forem encontrados”, explicou. As buscas, segundo o tenente, seguem na chamada zona quente, onde estavam os escritórios e refeitórios da Vale, além da Pousada Nova Estância.
Apesar da continuidades nas buscas, o militar destaca que as chances de encontrar desaparecidos com vida são mínimas. “Infelizmente pelo avançar da operação as possibilidades tendem a zero”, lamentou Aihara.
Dos 166 mortos, 164 já foram retirados do IML. Dois corpos, já identificados, ainda aguardam a retirada. Outras 144 pessoas estão desaparecidas.
Vistorias
Cerca de cem casas foram vistoriadas pelas Defesa Civil e 45 laudos já foram emitidos, segundo o tenente-coronel e porta-voz da Defesa Civil, Flávio Godinho. “É importante comprovar que a casa foi atingida pela lama, um dos critérios necessários para que as pessoas possam ter acesso ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, lembrou.