Agência Brasil
Paralelamente, o governo brasileiro encaminhou à Organização Mundial do Comércio (OMC) notificação de que o Brasil, ao amparo do Acordo de Salvaguardas, poderá adotar medidas de forma a reequilibrar o seu comércio com a União Europeia, ante o impacto das medidas de salvaguarda no setor de aço.
“O governo brasileiro permanece aberto ao diálogo com a União Europeia, a fim de buscar o melhor encaminhamento para essas questões. Reitera também sua disposição de seguir defendendo com todo o empenho os interesses dos produtores e exportadores brasileiros”, diz a nota conjunta divulgada pelos ministérios da Economia, da Agricultura e das Relações Exteriores (Itamaraty).
Histórico
A UE havia iniciado, em março de 2018, uma avaliação sobre a imposição de salvaguardas, as quais foram implementadas em caráter provisório em junho daquele ano. A intenção de aplicar as medidas de modo definitivo foi notificada pela UE à OMC em 4 de janeiro de 2019. O prazo de expiração da medida é junho de 2021.
Segundo nota divulgada em janeiro, pelo Itamaraty, a salvaguarda “impactará as exportações brasileiras”. Conforme a pasta, o governo brasileiro “tem dialogado com a União Europeia com o objetivo de preservar as exportações das empresas nacionais”.
O Itamaraty informou ainda que continuará atuando, em conjunto com os demais órgãos de governo federal e com o setor privado, “com todo o empenho na defesa dos interesses dos exportadores brasileiros”.
No ano passado, os Estados Unidos também sobretaxaram as importações de aço de outros países, incluindo o Brasil. Após gestões do governo, o aço brasileiro acabou ficando de fora da medida.