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A demolição de uma área onde pode haver mais corpos desaparecidos após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na Grande BH, iniciada nesse domingo (17/02), pelo Corpo de Bombeiros, foi interrompida nesta segunda-feira (18/02) após uma detecção de movimentação de rejeito no local. Não há previsão para retorno desse trabalho. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O radar do solo, de propriedade da mineradora e operado por um geotecnólogo da empresa, acusou o deslocamento do rejeito nesta madrugada e informou aos Bombeiros, que paralisaram a demolição da usina ITM (Instalação de Tratamento de Minério), área onde deve haver mais corpos de vítimas.
A causa da movimentação é a chuva desse domingo (17/02). Após o rompimento da barragem, 20% de todo o rejeito liberado ficou na área da Vale. Desse total, 2% tiveram a agitação captada pelo radar, incluindo a região da usina.
“O rejeito é como se fosse uma casa semidestruída: o que sobra dessa casa, está instável. Se bate uma chuva, um vento, ela pode acabar de cair”, explicou o tenente-coronel da corporação, Anderson Passos.
Segundo ele, não há condições seguras para o trabalho nesse local no momento. A demolição só retornará quando o radar da Vale detectar a acomodação do rejeito que se movimentou.
As equipes serão remanejadas para buscas em outras áreas e um drone será utilizado para observação visual.
Uma área a menos
Embora seja uma paralisação de segurança, que garante a integridade física dos militares, a interrupção dificulta as buscas. “É uma área a menos para procurarmos desaparecidos”, afirmou Passos.
A demolição da usina de tratamento de minério teve início nesse domingo, com maquinário pesado, incluindo tesoura hidráulica. Segundo os Bombeiros, essa demolição é importante para que a corporação consiga localizar eventuais corpos que estejam em locais até então inacessíveis.
“É um trabalho meticuloso, uma vez que existem cilindros de acetileno e GLP (gás liquefeito de petróleo) no local e atmosferas que demandam utilização de equipamentos especiais para respiração”, afirmou a nota, divulgada pelo tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação.