Outra atração são as moedas originais da época de Pôncio Pilatos e uma estátua de bronze que reproduz a posição que o Homem do Sudário se encontrava quando a imagem foi produzida no pano. A estátua, em tamanho real, foi feita por Luigi Enzo Mattei, um dos escultores da Porta Santa, que está na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Ao visitar a exposição, o público fará um percurso histórico que conta com mais de 30 painéis explicativos sobre parte da vida de Jesus Cristo.
A visita é guiada por monitores do Museu de Itabira. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo, José Don Carlos Alves Santos, a exposição “promete uma experiência histórica, científica e religiosa sobre quem foi o homem envolvido pelo Santo Sudário”.
A cerimônia de abertura da exposição será na sexta-feira (22/02), às 20 horas, no Museu de Itabira, na Praça do Centenário. A mostra ficará aberta para visitação, gratuita, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e sábado, domingos e feriados, das 10h30 às 16h30. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3839-2992.
Entenda
O Sudário é um tecido de linho espinha de peixe, com 4,42m de comprimento e 1,13m de largura, que, segundo a tradição, é o lençol funerário que envolveu Jesus quando foi retirado da cruz. A narração dos Evangelhos refere que José de Arimatéia colocou o corpo de Cristo no sepulcro depois de tê-lo envolvido em um lençol.
O tecido apresenta a imagem de um homem de 1,83 metro de altura, que parece ter sido crucificado, com feridas consistentes com as que Jesus sofreu antes de seu a crucificação no relato bíblico. No dia 28 de maio de 1898, o fotógrafo italiano Secondo Pia tirou a primeira fotografia do Sudário e constatou que o negativo assemelhava-se a uma imagem positiva do homem, o que significava que a imagem do Sudário era, em si, um negativo.
Estudiosos admitem existir grande coincidência entre as marcas impressas no tecido e o que os Evangelhos relatam sobre a Paixão de Cristo. A coincidência começa pelo fato de que o lençol foi confeccionado segundo antigas técnicas do Egito e da Síria. Nele há diversas manchas de sangue humano do tipo AB, mais comum em judeus. A análise do sangue indicou uma substância cicatrizante do fígado – a bilirrubina – produzida quando o corpo é gravemente traumatizado. O estudo constatou também cromossomos do tipo XY, confirmando que seria uma pessoa do sexo masculino.