[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”left”]O Metabase Itabira realizou na tarde desta segunda-feira (25/02) uma passeata que lembrou o acidente em Brumadinho/MG. O evento “30 dias de Brumadinho. Não foi acidente” iniciou com concentração dos manifestantes as 13:30 hs na Rodoviária Genaro Mafra, no centro da cidade e já percebia-se qual seria o tom da manifestação, já que muitos presentes manifestavam-se por meio de faixas e cartazes a sua indignação por estarem na “rota da morte” como dizia uma das faixas.
As 14:45 hs os manifestantes fizeram passeata pela avenida com discursos de protesto pelo carro de som que os acompanhava. O primeiro a falar foi o vice-presidente Carlos Estevam “Cacá”: “Brumadinho não pode cair no esquecimento. Por isso estamos deixando o luto e iniciando a luta. Como itabiranos e sindicalistas temos por obrigação a luta pelos nossos direitos. A comunidade não acredita mais na Vale, por isso estamos aqui para reivindicar. A Vale tem de aprender a discutir com a comunidade e nas cidades que ela atua de forma mais séria. Não é do tipo “falei e vocês acreditam”. Não dá para acreditar mais, pois todas as vezes que a Vale disse alguma coisa sobre barragens, deu errado. “
André Viana também em um discurso forte questionou: A discussão de Itabira passa muito além das barragens de Itabira. Cito um exemplo: A previsão de exaustão do minério em Itabira é para 2028 e o que vai sobrar para Itabira? Barragens como bombas armadas, buracos, poeira, lençol freático meio-ambiente destruídos. Essa é a herança que nossos filhos e netos irão herdar… Triste, dói mas é a pura realidade.” O presidente durante seu discurso foi ainda mais enfático: “A discussão é o futuro de Itabira, quem vai querer morar em uma cidade sem emprego, sem renda, cercada de barragens? Por isso precisamos de respostas independentes da empresa. Queremos sim auditorias, laudos que não tenham vínculo com o dinheiro da Vale. Por isso estamos aqui, manifestando nosso direito em saber sobre a segurança que a empresa providenciou ao longo destes anos para nossas famílias que vivem debaixo de monstros chamados barragens.
O encerramento do protesto foi na Praça Acrísio Alvarenga onde discursaram lideranças de entidades de classe, representantes de Igrejas, sindicalistas e população.