A união entre ex-jogadores e profissionais do meio acadêmico é tida como uma mistura ideal dentro do meio futebolístico. Mas, por que não unir estes dois perfis numa única pessoa? Foi com este pensamento que Leandro Guerreiro e do itabirano Marco Túlio Lopes, ex-atletas do Clube e hoje funcionários da base celeste, ingressaram nos cursos da CBF. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Tarimbados pela expertise adquirida ao longo de anos de carreira como jogadores, Marco Túlio e Leandro Guerreiro receberam neste mês de fevereiro os diplomas pela conclusão das licenças A e B, realizadas pela entidade máxima do futebol brasileiro.
“Já venho de uma licença B que fiz no ano retrasado e, agora, concluindo o segundo módulo da licença A, voltado para o futebol profissional. A grade do curso é extensa, com a presença de grandes figuras do nosso futebol. São 11 dias, com aulas das 7 às 19h, abordando temas variados, como psicologia, legislação do esporte, além dos treinamentos de campo. Mesmo estando na base, é importante estar neste nível, junto de vários treinadores da Série A”, ressaltou Marco Túlio, responsável pelas categorias Sub-12, Sub-13 e Sub-14.
“Conclui a licença B, que é voltada para as categorias de base, abordando quase tudo nesta área, desde gestão até a psicologia. Tem também a análise de desempenho. É tudo que um treinador precisa saber, dando uma base bacana. No curso, é colocado que o treinador tem que ter certo conhecimento em cada tipo de situação. Saber um pouco de fisioterapia, análise de desempenho, de preparação física, até para deliberar com os profissionais destas áreas. Para mim, foi excelente, porque abriu a minha cabeça”, reforçou Leandro Guerreiro, auxiliar técnico da categoria Sub-15.
Campeão brasileiro em 2013, Leandro Guerreiro possui uma rica história a serviço do Cruzeiro, reunindo toda a experiência possível dentro das quadro linhas. Apesar disso, o ex-volante é categórico ao afirmar a importância de absorver cada vez mais conhecimentos do meio acadêmico.
“Joguei futebol por 23 anos, mas não poderia deixar de fazer o curso. Tenho a experiência de saber ‘ler’ um jogador, saber o que ele está pensando. Através dos gestos dele, eu consigo saber se ele está legal, se dormiu bem, mas ter sido jogador não vai fazer ninguém já ser um profissional top. É claro que ele sai na frente, mas se ficar só nisto, com certeza ele vai perder. Juntar a parte de campo com a teoria, você, sem dúvida, vai ser um grande profissional”, destacou.
“Agora, o grande desafio é colocar em prática aquilo que a gente tem na nossa cabeça. Como montar um treino, um esquema de jogo, por exemplo. Da minha época para cá, mudou muito o tipo de treinamento. É preciso se atualizar”, completou.
Mais envolvido na área de gestão futebolística, Marco Túlio guarda os aprendizados reunidos desde a sua passagem na base celeste até os anos em que atuou no exterior. Mas, assim como Leandro Guerreiro, ele elenca alguns qualidade que só podem ser adquiridas através de cursos e muito estudo.
“Este conhecimento empírico que nós temos é válido, mas só estudando que vamos poder trazer à tona o lado do ex-atleta. A união disso é o tempero exato, um casamento. Fui jogador por 19 anos e, hoje, estudando, consigo entender o movimento dos exercícios, como funciona o lado fisiológico, a importância do sono e o impacto de uma boa gestão de pessoas, ou seja, coisas que complementar a nossa vivência como ex-atletas. A ideia é seguir neste caminho, reunindo cada vez mais conhecimento”, ressaltou Marco Túlio.