“A gente tem que cobrar mais rigor da Vale sim, mas não podemos demonizar porque a nossa situação em Itabira é delicada. Nós (vereadores) temos que cobrar, a mídia tem cobrar. Mas se a gente ficar demonizando a Vale, como temos feito em Itabira, que empresa vai querer se instalar na cidade? Tem que cobrar mesmo pelo que aconteceu, não é justo deixar sem cobrar. Tem que punir o CPF de quem estava à frente. Precisamos de mais segurança, mas também precisamos de trazer empresas para Itabira. Temos que ter gratidão”. Foram com estas palavras que o presidente da Câmara, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) defendeu que Vale na reunião desta terça-feira (26/02), não deve ser condenada, mas sim os funcionários da empresa que eram responsáveis pela barragem que rompeu em Brumadinho.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A declaração do presidente gerou certo desconforto entre os seus colegas, principalmente no vice-presidente da Câmara e presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira (Podemos). Acostumado à tecer grandes críticas à empresa, principalmente nos últimos dias, após o rompimento da barragem, André Viana foi contra as palavras do presidente da Câmara.
“Tenho total respeito à empresa, mas a Vale perdeu o respeito no quesito barragens […]Existem várias situações que a empresa não cumpre. A Vale não pode vir a esta Câmara e pagar de coitada, porque ela não é coitada. Ela deve R$ 153 milhões ao Município em uma dívida que foi à Justiça pela cobrança do IPTU, que está suspensa”, disse o vereador, ao lembrar também da dívida de R$ 280 milhões à Previdência Social.