A atuação do Atlético foi segura durante toda a partida. A expulsão de Zé Welison aos 10’ do segundo tempo fez com que a equipe recuasse. Nada que incomodasse Levir Culpi. Afinal, o time alvinegro jogava com a vantagem de ter vencido a partida de ida por 2 a 0 no Estádio Luis Franzini, em Montevidéu, a capital uruguaia.
Sem compromisso pelo Campeonato Mineiro no final de semana em função do Carnaval, o Atlético volta a campo apenas na próxima quarta-feira, quando estreia na fase de grupos da Libertadores. Novamente em Belo Horizonte, o time alvinegro recebe o Cerro Porteño, a partir das 19h15. Ainda há indefinição sobre o local da partida, que pode ser o Independência ou o Mineirão.
Calma para administrar vantagem
Por precaução e para evitar ser surpreendido em casa, o técnico Levir Culpi surpreendeu na escalação do Atlético. O atacante Chará foi substituído pelo volante Zé Welison. Com isso, Elias foi deslocado do meio para a ponta, lugar ocupado originalmente pelo ponta colombiano.
A alteração deu ainda mais liberdade a Cazares. Em grande fase, o meia equatoriano criou três boas oportunidades em cinco minutos. Na primeira, o chute de longe parou nas mãos do goleiro Gastón Rodríguez. Na segunda, a bola caprichosamente bateu na trave. A terceira, do meio-campo, encobriu o arqueiro rival, mas foi para fora.
Do lado uruguaio, o técnico Jorge da Silva também surpreendeu na escalação. O meia Piquerez, que entrou bem no jogo de ida, e o atacante Navarro, principal arma ofensiva da equipe, ficaram no banco. Nos primeiros minutos, o Defensor teve dificuldades para manter a bola e criar oportunidades de gol.
E o cenário continuou assim ao longo de todo o primeiro tempo. Com a bola, mas sem pressa, o Atlético trocava passes calmamente. As chances mais claras – raras na primeira etapa – foram de Ricardo Oliveira, de fora da área, e Fábio Santos, após belíssimo passe de trivela de Luan. O placar, entretanto, não se alterou.
Expulsão e vaga garantida
Com ainda menos tempo para reverter a desvantagem, o Defensor tentou partir para cima no início do segundo tempo. Em chutes de fora e cruzamentos para a área, os uruguaios chegaram a assustar a torcida alvinegra. O Atlético, entretanto, se defendia bem e evitava lances de maior perigo.
Aos 10’ da etapa final, o cenário piorou para os donos da casa. Aposta de Levir, Zé Welison matou contra-ataque do Defensor ainda no meio-campo, recebeu o segundo cartão amarelo – já havia sido advertido aos 43’ do primeiro tempo – e foi expulso. O técnico alvinegro, então, reposicionou Elias da ponta para a posição de segundo volante, à frente de Zé Welison. Cazares, por sua vez, foi deslocado para a esquerda.
Mesmo mais recuado, Elias – um dos jogadores mais importantes do Atlético na partida – apareceu na área para finalizar cruzamento de Patric, aos 14’. No chão, Gastón Rodríguez impediu o gol.
Aos 22’, uma cena curiosa chamou atenção: sem a tradicional placa eletrônica de substituição, a arbitragem precisou usar folhas A4 para indicar alterações. Navarro e Laquintana entraram nas vagas de Nápoli e Ergas. O objetivo de Jorge da Silva, é claro, foi dar mais ofensividade ao time.
Levir respondeu dois minutos depois: o volante Jair entrou na vaga do meia-atacante Luan. Com isso, Elias voltou para a ponta – desta vez, para a direita. Tudo para manter o equilíbrio do time e evitar riscos. Curiosamente, o Defensor levou perigo no lance seguinte. De fora da área, Rabuñal arriscou e exigiu defesa de Victor, aos 30’.
Daí em diante, o Defensor tentou lançar a bola na área e finalizar de longe. Mas não foi suficiente. O Atlético se manteve seguro na maior parte dos minutos finais, manteve o 0 a 0 e se classificou ao Grupo E da Libertadores.