Por Agência Brasília
A Estácio – a mais antiga escola de samba do Rio – levou para a Marquês de Sapucaí o enredo A Fé que emerge das águas, desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, sobre o Cristo Negro do Panamá. No início a escola se chamava Deixa Falar. Depois da união com outras agremiações do Morro de São Carlos, na região central do Rio, passou a se chamar Unidos de São Carlos, que tinha as cores azul e branca.
Em 1983 mudou para Estácio de Sá, agora nas cores vermelha e branca, conforme era a Deixa Falar. Para quem é da escola desde o tempo em que era São Carlos e ainda vive no morro, não há emoção maior do que ver a agremiação subir de novo.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“Ganhar um campeonato é muito bom, mas quando se é estaciana como eu sou, ainda do tempo da azul e branco São Carlos, posso dizer que é a maior emoção do mundo. Depois de ser mãe, é uma das maiores emoções”, disse Maria Luiza Mattos, 64 anos. Presidente da ala de baianas, um dos segmentos mais importantes dentro de uma escola de samba, ela desfila na escola há 56 anos.
Tempo de escola é também o que não falta para a integrante da Velha Guarda da Mangueira Marilda Florentino, 64 anos. A Mangueira destacou personagens negros, índios e pobres que influenciaram a história do Brasil. Componente da escola há 40 anos, Marilda estava feliz em participar da comemoração que juntou duas escolas tradicionais do Rio de Janeiro.
“Somos todas coirmãs. Não tem diferença. O bonito é a união. Cores diferentes, mas tradicionais no mundo do samba”, afirmou. Segundo ela, o título foi o resultado de muito esforço e muito suor. “Foi um presente, uma coisa maravilhosa. O desfile foi o mais bonito desses anos todos.”