O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou na terça-feira (19/03) que instaurou um procedimento sigiloso de investigação para apurar possíveis casos no ambiente virtual envolvendo a boneca-monstro Momo. A orientação do órgão é para que as denúncias sobre a aparição da imagem em vídeos, aplicativos ou nas redes sociais sejam encaminhadas para o e-mail: [email protected].
Não há, no entanto, nenhuma evidência real que comprove a inserção da figura assustadora que induziria crianças a se ferirem em vídeos da plataforma YouTube Kids. Quem afirma é o Google, responsável pelo Youtube.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“Ao contrário dos relatos apresentados, não recebemos nenhuma evidência recente de vídeos mostrando ou promovendo o desafio Momo no YouTube Kids. Conteúdo desse tipo violaria nossas políticas e seria removido imediatamente. Também oferecemos a todos os usuários formas de denunciar conteúdo, tanto no YouTube Kids como no YouTube. O uso da plataforma por menores de 13 anos deve sempre ser feito pelo YouTube Kids e com supervisão dos pais ou responsáveis”.
O WhatsApp, aplicativo que tem sido o principal canal para o compartilhamento da imagem e vídeos com a figura, também se manifestou sobre o assunto: “O WhatsApp se preocupa muito com a segurança dos nossos usuários. É fácil bloquear qualquer número de telefone e encorajamos que os usuários nos reportem mensagens problemáticas para que possamos agir sobre elas”.
Nessa segunda (18), o Ministério Público da Bahia (MPBA) também havia instaurado um procedimento para apurar o caso por meio do Núcleo de Combates a Crimes Cibernéticos (Nucciber), que chegou a notificar as plataformas citadas para darem uma resposta sobre o assunto e retirarem qualquer conteúdo considerado impróprio do ar.
Crianças devem ser supervisionadas
Outra orientação de segurança é para que as crianças pequenas sejam sempre supervisionadas quando acessarem a internet e o celular, mesmo que o acesso delas seja restrito a conteúdos infantis. O promotor Moacir Nascimento, que está a frente da apuração do caso Momo na Bahia, compara o uso sem supervisão da internet por crianças com o abandono dos filhos em praça pública.
“A mensagem que eu gostaria de passar é: pais, não abandonem seus filhos na internet, da mesma forma que nunca os abandonariam em uma praça pública. Crianças a partir dos 6 anos já utilizam smartphones livremente, e WhatsApp, Facebook. É preciso que haja um acompanhamento dessas atividades, pois além de casos como a Momo, há muitas pessoas que podem se beneficiar disso, como pedófilos e chantagistas”, explica.
A própria plataforma de vídeos infantis, o YouTube Kids, por meio da Google, lembra que o uso da plataforma por menores de 13 anos deve sempre ser feito com supervisão dos pais ou responsáveis.
Nascimento dá mais uma dica para ajudar os pais a evitarem que seus filhos tenham acesso a qualquer conteúdo impróprio na internet: usar os filtos adicionais do YouTube Kids, como o que bloqueia o acesso dos pequenos à ferramenta de busca da plataforma. Para saber mais, clique aqui e acesse a política de segurança infantil do YouTube.