O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu o bloqueio de até R$ 3 bilhões das contas da Vale e determinou que a mineradora apresente em 72 horas um estudo atualizado de ruptura (dam break) da barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco, cujo risco de rompimento subiu para o nível 3, indicando perigo iminente.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O estudo, segundo o documento do MPMG, deve levar em consideração os efeitos “cumulativos e sinérgicos do conjunto de todas as estruturas integrantes do complexo minerário e o vazamento de 100% (cem por cento) dos rejeitos e água dispostos nas barragens, com todas as suas decorrências na atualização de rotas de fuga e pontos de encontro, implantação de sinalização de campo e de sistema de alerta, estratégias para evacuação e resgate da população, comunicação, adequação de estrutura logística, resgate e cuidado dos animais, de bens culturais etc”.
A Vale tem o mesmo prazo de 72 horas para apresentar um plano de medidas a serem adotadas para evitar a poluição dos cursos d’água, como o Rio Doce.
Além disso, enquanto a barragem estiver em nível três, a companhia precisará elaborar relatórios diários e enviá-los à Justiça e aos órgãos públicos competentes caso haja algum incremento no risco de rompimento.
O MPMG determinou, ainda, que a Vale apresente em um prazo máximo de cinco dias um plano de ações que leve em conta os efeitos de todas as estruturas do complexo minerário onde a barragem está instalada, neutralizando os riscos à população.
O documento foi homologado nesse sábado (23/03), um dia após a barragem Sul Superior ser classificada como risco três.
A Vale ainda não se posicionou.