O método consiste em aplicar o medicamento esclerosante, que ao ser misturado ao ar forma uma espuma densa, no interior da veia varicosa. Com o auxílio de um aparelho de ultrassom, o médico angiologista injeta a espuma densa na veia a ser tratada com o objetivo de esclerosá-la. Geralmente, não há necessidade de internação e anestesia.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
“A espuma densa, em contato com a parede do vaso sanguíneo, causa imediatamente uma forte vasoconstricção e interrupção do fluxo de sangue no local injetado. Com o tempo, a veia sofre um processo de fibrose e desaparece”, explica o angiologista e cirurgião vascular Paulo Henrique Duarte Pessoa.
Após o procedimento, o paciente deve usar uma meia elástica por duas semanas. No entanto, ele sai andando do hospital e não é necessário fazer repouso ou afastamento do trabalho.
O procedimento é considerado de baixo risco e com mínimas complicações. Em alguns casos, pode haver pigmentação da pele – desaparecendo em 80% dos casos em até um ano -, assim como a formação de esclerus (alguns nódulos na veia tratada que são drenados posteriormente). A técnica sempre deve ser feita por um cirurgião vascular habilitado para a realização do procedimento, com experiência em ultrassonografia vascular.
“As vantagens desse método são o baixo custo, baixo índice de complicações, não há necessidade de afastamento do trabalho, o procedimento é ambulatorial (sem necessidade de internação), possui alta eficácia (resultados comparados ou superiores ao da cirurgia). A espuma é o método ideal e altamente eficiente para os casos graves, com insuficiência venosa crônica ou avançada, úlceras abertas e pacientes idosos. No entanto, é contraindicado para os casos de trombose venosa aguda, doença arterial de membros inferiores avançada, doenças graves associadas, infecções, persistência do forame oval, reações alérgicas ao medicamento, síndrome obstrutiva pós-trombótica, etc”, ressaltou o angiologista.
O Ministério da Saúde estima que 70% dos brasileiros adultos possui algum tipo de variz. Infelizmente, o problema não é apenas estético: aos poucos, o quadro pode evoluir e o acúmulo de sangue nas pernas pode gerar complicações como dores, inchaço e até tromboses.
“As varizes dos membros inferiores podem causar desde um simples desconforto nas pernas, como sensação de peso, cansaço e edema, até úlceras crônicas de perna, trombose venosa e embolia pulmonar”, alerta Paulo Henrique Pessoa.
Saiba mais
As varizes são veias dilatadas por alterações na circulação sanguínea. Normalmente, os sintomas da doença são dor, queimação, sensação de peso nas pernas e inchaço nos tornozelos.
A medicina ainda não define bem quais são as causas da doença. Mas, sabe-se que a predisposição genética, obesidade, sedentarismo e gravidez possibilitam o surgimento das varizes.