EXAME
As tentativas de um acordo comercial entre China e Estados Unidos continuam. Uma delegação chinesa chega a Washington nesta quarta-feira (03/04), para dar sequência a uma rodada de negociações iniciada na última semana em Pequim por dois representantes norte-americanos.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
Ainda que as conversas estejam longe de acabar, a administração de Donald Trump está confiante. Em comunicado divulgado na última sexta-feira (29/03), após a visita à China, a Casa Branca disse que “as duas partes continuaram a progredir durante discussões francas e construtivas sobre as negociações e os próximos passos importantes” e que “os Estados Unidos aguardam com boas expectativas a reunião com o vice-premier chinês Liu He e com a delegação chinesa em Washington”.
O presidente chinês Xi Jinping declarou na última segunda-feira (1º/04), estar ciente da importância das negociações. “Como grandes países, nosso relacionamento um com o outro pode ter grande impacto na estabilidade estratégica global e nós assumimos essas responsabilidades especiais com o mundo”, afirmou.
A principal queixa dos Estados Unidos é a de que a China usa práticas comerciais desleais, como fornecer enormes subsídios a suas empresas e forçar que companhias estrangeiras transfiram sua tecnologia se quiserem se instalar no país. No começo de março, o parlamento chinês aprovou uma lei que protege as empresas estrangeiras que desejam se instalar no país, mostrando estar disposto a fazer concessões.
Além disso, a China aumentou a compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos, em especial, a soja. Analistas esperam que o acordo que está sendo costurado entre os dois países inclua um aumento das compras de produtos norte-americanos pelos chineses, numa tentativa de diminuir o déficit comercial dos EUA com o país, que chegou a 419,2 bilhões de dólares em 2018.
Em dezembro do ano passado, as duas nações concordaram em suspender taxações impostas para permitir que a conversa entre as delegações comerciais fluísse. De lá pra cá, dados econômicos mostraram um recuo no ritmo de crescimento americano e um novo avanço na indústria chinesa, puxada por estímulos do governo. É um novo equilíbrio que deve aumentar o desejo americano por um acordo.