Estadão Conteúdo
Brasília – De volta ao Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (15/04), às 16 horas, no Planalto. A reunião ocorre depois de Bolsonaro ter admitido, na última sexta-feira (12/04), que interferiu no reajuste de preços de diesel, ao telefonar para o presidente da Petrobras e pedir para cancelar o reajuste de 5,7% do óleo diesel. Depois do episódio, a empresa perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
No sábado (13/04), cumprindo agenda em Washington (EUA), Guedes afirmou que é possível “consertar”, caso Bolsonaro faça alguma coisa “que não seja razoável” na economia. “Uma conversa conserta tudo”, disse o ministro.
Um dia antes, Guedes sugeriu que não havia sido informado pelo presidente sobre a decisão. Quando o novo valor começaria a ser cobrado, na sexta-feira, Bolsonaro comentou que havia se surpreendido com o reajuste de 5,7%, e por isso ligou para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O presidente ainda negou ser intervencionista. “Não vou praticar a política que fizemos no passado, mas quero os números da Petrobras”, disse.
O assunto da política de combustíveis deve ser tratado em reunião interministerial, às 14h30, com Guedes, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, representantes do BNDES e da Petrobras. A presença de Bolsonaro não está prevista neste encontro, de acordo com a assessoria. Na terça-feira, 16, Bolsonaro deve se reunir com o presidente da Petrobras e técnicos da empresa para discutir a questão dos preços.