Um exame rápido, com resultado em 20 minutos, desenvolvido por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
O método é simples e 40 vezes mais barato do que o tradicional para detectar o vírus.
A expectativa é que o novo exame chegue aos postos de saúde antes do final do ano, beneficiando principalmente os municípios afastados dos grandes centros, onde o resultado do teste de zika pode demorar até 15 dias.
“Tendo em vista que a técnica atual (PCR) é extremamente cara e o Brasil tem poucos laboratórios de referência que podem realizar o diagnóstico de zika – até um tempo atrás eram apenas cinco -, uma cidade pequena, no interior do estado, acaba prejudicada. A amostra precisa sair do interior, ir para a capital, para ser processada, enfim, se pensarmos nesses municípios, o resultado pode demorar 15 dias,” destacou Jefferson Ribeiro, um dos criadores da nova técnica.
Dispensa treinamento
Outra vantagem é que o novo exame pode ser feito por qualquer profissional nos postos de saúde, não exigindo treinamento complexo.
Basta coletar amostras de saliva ou urina, misturar com reagentes fornecidos em um pequeno tubo plástico e depois aquecer em banho-maria. Vinte minutos depois, se a cor da mistura se tornar amarela, está confirmado o diagnóstico de zika; se ficar laranja, o resultado é negativo.
Hoje, o teste PCR (reação em da polimerase), com reagentes importados, é feito com material genético retirado das amostras, o que demora mais.
O teste elaborado pela Fiocruz é também mais preciso, ou seja, tem uma taxa de erro menor, acusando a doença mesmo em casos que não foram detectados pela PCR.
A expectativa dos pesquisadores é que o kit seja desenvolvimento pela indústria nacional, com a participação da Biomanguinhos, e disponibilizado até o fim do ano. Testes semelhantes já são usados para o vírus da dengue e outras bactérias.