O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã de segunda-feira (15/04), operação Tersus, destinada a combater a prática de corrupção envolvendo policiais civis em João Monlevade, cidade a 36km de Itabira, região Central de Minas Gerais. Eles são investigados por suposta facilitação ilegal na obtenção de carteiras de habilitação e recebimento de propina para auxiliar investigados por tráfico de drogas.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
De acordo com o MPMG, foram instaurados três Procedimentos Investigatórios Criminais pelas 2ª e 3ª Promotorias de Justiça de João Monlevade para apurar a prática de corrupção.
Foram expedidos pela Justiça 12 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. As buscas estão sendo feitas inclusive nas delegacias Regional de Polícia Civil de João Monlevade e de Polícia Civil de Nova Era.
Dos mandados expedidos, sete foram contra policiais civis, um contra um advogado da cidade, um contra um ex-agente penitenciário, um contra um instrutor de autoescola e os demais contra pessoas investigadas por supostamente terem pago suborno a policiais civis. Dez dos 12 mandados de prisão foram cumpridos com êxito. Um policial civil e o ex-agente penitenciário estão foragidos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram recolhidos aproximadamente R$ 100 mil na residência do advogado investigado. Uma arma de fogo em situação irregular, calibre 380, foi apreendida na residência de um dos policiais civis investigados.
Nem a Polícia Civil, nem o Ministério Público divulgaram os nomes dos envolvidos. No entanto, questionada sobre a prisão do advogado, a 75ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de João Monlevade, confirmou o nome do advogado Rodrigo Albuquerque de Araújo entre os envolvidos. “Não pude estar presente, mas outros dirigentes da subseção acompanharam e garantiram os direitos do profissional ”, disse a presidente da Subseção da OAB, Larissa Santiago. Isso, porque nenhum advogado por ser detido sem a presença de representantes da ordem.
Participaram da Operação Tersus dois promotores de Justiça, um subcorregedor de Polícia Civil, um delegado da Polícia Civil, policiais da Corregedoria-Geral de Polícia Civil e do Departamento de Polícia Civil de Ipatinga.