Em aceno ao setor que o apoiou na eleição, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira em evento do agronegócio que o Congresso deve pautar um projeto que garanta o chamado excludente de ilicitude para produtores rurais em casos de invasão. Com isso, fazendeiros que atirarem contra invasadores poderiam não ser punidos.
O presidente quer também flexibilizar o decreto sobre porte de armas em território rural. Bolsonaro disse que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometeu pautar as propostas no Congresso.
— Estive com ele (Maia) e a questão do agronegócio entrou na pauta. Ele vai pautar um projeto para que a posse de arma do produtor rural possa ser usada em todo o perímetro da sua propriedade — disse Bolsonaro, em evento do setor rural em Ribeirão Preto.
Depois, emendou:
— Tem um outro (projeto) que vai dar o que falar, mas que é uma maneira de ajudar a combater a violência no campo. Ao defender a sua propriedade privada ou a sua vida, o cidadão de bem poderá entrar no excludente de ilicitude. Ou seja, ele responde, mas não tem punição. É a forma que nos temos que proceder. Para que o outro lado que desrespeita a lei tema o cidadão de bem.
Bolsonaro participou da abertura da 26a edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, a Agrishow. O evento deve reunir 150 mil pessoas até 3 de maio. Em clima de palanque ao chegar no evento, o presidente tirou selfies, subiu num trator para posar para fotos e foi saudado como “mito”.
O presidente estava acompanhado do governador João Doria, de ministros e deputados. O governador recebeu aplausos tímidos, já a ministra da Agricultura Tereza Cristina foi saudada com adjetivos como “maravilhosa”, “ótima escolha” e “grande ministra”.