Por Agência Brasil
“Os Estados Unidos estão com o povo da Venezuela e sua liberdade”, escreveu Trump, um crítico ferrenho do governo de Maduro e que, em março, chegou a sugerir que a possibilidade de uma intervenção militar no país sul-americano não estava descartada.
Milhares de venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas, desde a manhã de hoje. Eles responderam às convocações do presidente eleito Nicolás Maduro e do presidente da Assembleia Nacional, o deputado venezuelano e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó, que travam, nas redes sociais, uma disputa de narrativas.
Enquanto Guaidó afirmou ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar Maduro do poder e conclamou a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo e livrar o país do que classifica como “a usurpação” do poder pelo grupo do líder chavista, Maduro e seus principais ministros garantem que a maioria dos oficiais das Forças Armadas continuam fiéis ao governo, “protegendo a Constituição” do que classificam como uma tentativa de golpe de Estado.
“Nervos de aço! Conversei com os comandantes de todas as Redi [Regiões de Defesa Integral] e Zodi [Zonas de Defesa Integral] do país que expressaram sua total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria. Chamo à máxima mobilização popular para assegurar a vitória da Paz. Venceremos!”, escreveu Maduro. Ao contrário do costume, o presidente venezuelano não fez nenhuma aparição pública e nem veiculou vídeo desde o início das manifestações.
Segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, os quartéis venezuelanos seguem funcionando normalmente e as Forças Armadas se mantém “firmes na defesa da Constituição”.
Não há relatos oficiais a respeito do número de feridos nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Em Caracas, onde cenas de violência foram flagradas por vários veículos de comunicação, pessoas que protestavam próximo à base aérea de La Carlota, em Caracas, um blindado da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela atropelou um grupo de manifestantes que atendeu ao chamado de Guaidó de sair às ruas para protestar.