A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho pretende ouvir, na condição de investigados, os funcionários da mineradora Vale, Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo, Hélio Márcio Lopes da Cerqueria e Felipe Figueiredo Rocha, sobre o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (RMBH), ocorrido em 25 de janeiro deste ano.[pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
A reunião, que será no Plenarinho IV, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), está marcada para esta quinta-feira (9/5/19), às 9h30, e atende a requerimento do presidente da comissão, deputado Gustavo Valadares (PSDB), e outros dez parlamentares.
A atividade dá sequência a outras realizadas pela comissão para apurar o rompimento da barragem localizada na zona rural de Brumadinho e que já vitimou centenas de pessoas, entre mortos e desaparecidos, além de ter provocado severos danos ao meio ambiente, como à bacia do Rio Paraopeba, atingida pela lama de rejeitos de minério.
Diversos funcionários da empresa responsável pela gestão da mina do Córrego do Feijão já foram ouvidos, com o intuito de subsidiar a apuração dos fatos pelos parlamentares. Os investigados que vão depor nesta quinta-feira integram o setor de gestão de riscos geotécnicos da Vale. Isso significa dizer que são responsáveis por avaliar as possibilidades de escorregamentos, erosão, solapamento de margens, assoreamento, inundação e colapso das barragens sob gestão da Vale.
Em 2015, a mesma mineradora Vale, por meio de sua subsidiária Samarco, também controlada pela australiana BHP, foram responsáveis pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (Região Central), provocando o maior desastre ambiental da história do País. Além de também ter matado pessoas, na ocasião a avalanche de lama também comprometeu a Bacia do Rio Doce, chegando até o oceano Atlântico.