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A resistência da Vale em aceitar a proposta da Justiça para evitar problemas no abastecimento de água em Belo Horizonte marcou a primeira etapa da audiência de conciliação que acontece no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. [pro_ad_display_adzone id=”44899″ align=”right”]
De acordo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Edmundo Antônio Dias, a mineradora se prontificou apenas a realizar, até setembro de 2020, uma obra de captação de água 12 quilômetros acima do ponto atingido pelo rompimento da barragem.
No entanto, a criação de uma estação de tratamento de água no Rio Macaúbas – afluente do Paraopeba – como ação complementar, não foi aceita pela empresa.
A segunda obra, de acordo com estudos apresentados pela Copasa na audiência, é necessária para garantir o fornecimento de água em caso de forte estiagem ou em caso de comprometimento das outras fontes que alimentam a capital.
“Esse acordo, do jeito que está, não é justo porque coloca Belo Horizonte em uma situação crítica”, avalia Dias.
“O cálculo da Vale segue uma lógica cartesiana e não humana. Ocorre que quando falamos em reparação, nós precisamos de um sistema mais resistente do que o que era utilizado”, acrescenta o promotor.
A Copasa não se pronunciou até o momento. A Vale foi procurada pela reportagem mas ainda não se posicionou. Uma nova audiência para a tentativa de outro acordo está marcada para o dia 21 de maio.