Estudantes do ensino técnico do Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet) seguem em caminhada, na manhã desta quarta-feira, pela Avenida Amazonas para se unir, na Praça da Estação, a grupos que protestam contra o corte de 30% anunciado pelo governo federal às universidades públicas.
O receio dos estudantes é de se concretizar a previsão da diretoria da instituição, que prevê que, sem recursos, não será possível concluir o ano letivo.
“Se tiver esse corte, o Cefet não sobrevive até setembro”, afirma Bárbara Nunes, aluna do 2º ano do ensino técnico. Segundo ela, atualmente, já falta sabonete na escola.
Aluna do 1º ano, Monique Dafne, de 15 anos, chama a atenção para o risco de interrupção de pesquisas e de bolsas. Monique recebe o incentivo de 300 reais para transporte e alimentação, o que garante que ela possa vir de Betim para estudar em BH.
O grupo, formando principalmente por estudantes do ensino técnico, gritava “Bolsonaro, não vai ter corte, vai ter luta”, “Arroz, feijão, saúde, educação”.
O protesto recebeu apoio de motoristas que passavam pela Amazonas. Apenas uma das pistas ficou interditada.
“Estou achando muito bom, porque esse Bolsonaro tem que preocupar é com trabalho e educação para o povo, não é com arma não”, diz o motoboy Marcos Paulo Ventura, de 41 anos.