No próximo dia 20, o programa de remodelação do abastecimento de água chega à comunidade de Palmital. Esta ação, implantada pela Prefeitura, começou em 2017 a partir da revisão tarifária determinada pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgoto (Arsae) de Minas Gerais que, já beneficiou também, os moradores das localidades Candidópolis, Estivas, Morro do Chapéu, Turvo, Ribeirão São José de Baixo e Campo de Gordura.
Esse amplo processo de modernização e correção do abastecimento tem como objetivo regulamentar o fornecimento da água em Itabira, começando pela zona rural. E é somente por meio destas ações, de acordo com informações do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), a possibilidade de incluir a região rural no banco de dados e serviços da autarquia.
Para isso, é necessário construir poços artesianos, redes de distribuição, refazer as instalações hidráulicas e elétricas, instalar hidrômetros e, corrigir ainda, o afastamento das redes de esgoto. “A única maneira de prestar serviços de saneamento, tratar a água e fazer o seu controle social nestas localidades é por meio da hidrometração, pois, cada residência passa a arcar com o seu consumo, viabilizando as adequações necessárias de infraestrutura”, explicou Leonardo Ferreira Lopes, diretor-presidente do Saae.
Em vários locais da zona rural, segundo ele, a distribuição de água é injusta. “Por exemplo, residências situadas em vias mais altas ficam sem água quando o morador da rua de baixo tem uma piscina ou represa de peixe no quintal. A hidrometração favorece o uso consciente da água e passa a responsabilidade de todos os serviços para o Saae”, ressaltou Leonardo Lopes.
Outro ponto de atuação da autarquia é a legalização dos terrenos onde estão instalados os poços artesianos. “É necessário corrigir isso também, porque os poços geralmente estão em propriedades privadas. Fizemos cessões de uso ou desapropriações dos locais para construir as redes e adequar os reservatórios”, declarou o diretor-presidente.
Muito mais
Nos bairros Chapada e Boa Esperança, além da hidrometração e da correção de redes de esgoto, a Prefeitura está construindo uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para resolver definitivamente o problema da falta d’água. De acordo com informações do Saae, a oferta do produto na região é insuficiente e o problema se agravou com o crescimento populacional do bairro nos últimos 12 anos, que continuou sendo atendida por apenas dois poços artesianos.
Para funcionar, a ETA Chapada irá captar água do córrego que passa pelo bairro, com uma vazão de 10 litros por segundo. “Acrescentando isso aos antigos poços artesianos, a produção será suficiente para atender de forma adequada a população dos bairros Chapada e Boa Esperança, afirmou Leonardo Lopes.
Mais uma ação para garantir a qualidade da água tratada, de acordo com o diretor-presidente, foi a construção de 60 fossas sépticas nas residências acima do local onde será implantada a nova ETA. Essas casas, que não tinham acesso a tratamento de esgoto, despejavam os dejetos no córrego – base da ETA. “Agora, os moradores contam com o benefício de fossas biodigestores e nós podemos garantir água de qualidade, além de gerar economia na saúde pública”, concluiu.