Os militares do Corpo de Bombeiros das cidades Ipatinga, no Vale do Aço, e de Governador Valadares, na região do Rio Doce, estão de sobreaviso desde a quinta-feira (16/05) para atuarem no caso do rompimento da barragem Sul Superior, da mina Gongo Soco da Vale, em Barão de Cocais, na região Central de Minas Gerais. A estrutura está sob risco de ruptura iminente e com um estado de alerta máximo devido à movimentação de um talude da mina, que, se desabar, pode ser um gatilho para que a barragem também entre em colapso.
O Hoje em Dia teve acesso a um ofício interno assinado pelo major Washington Goulart do Nascimento, Chefe da Divisão Operacional da corporação, direcionado ao 11º Batalhão, sediado em Ipatinga, ao 6º Batalhão e ao 5º Comando Operacional, ambos de Governador Valadares.
Para o pedido, o documento cita a reativação do Posto de Comando em Barão de Cocais “devido à constatação da movimentação do talude na cava da barragem de Gongo Soco” e cita a informação, divulgada pela própria Vale às autoridades, de que o talude está apresentando uma movimentação diária de 3 a 4 centímetros.
Após pontuar os motivos, o texto pede que os comandantes das unidades dos bombeiros coloquem os militares que atuam na parte administrativa da corporação de sobreaviso até que a situação se normalize.
“Orientem os militares, principalmente os que já foram empenhados na Operação Brumadinho, que os mesmos deverão manter fardamento e equipamento em condições de uso nos alojamentos e vestiários para pronto emprego operacional”, conclui o documento.
Medida é padrão da corporação
Procurado pela reportagem, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, disse que essa medida adotada faz parte da rotina da corporação.
“Mesmo quando estamos fora de operações, a gente tem sempre um efetivo de sobreaviso, para caso de algum acontecimento de maior escala. Por isso existem os acionamentos 2, 3 e 4 de reforço, é uma escala que já existe. Mas agora, que estamos com essa situação em Barão de Cocais, sabemos q