O Globo
RIO — Após abrir em queda, o dólar já bateu a máxima de R$ 4,12 e depois voltou a cair nos negócios desta quinta-feira, após um leilão de contratos de câmbio realizado pelo Banco Central.
Na máxima do dia, a moeda americana foi cotada a R$ 4,1219. Mas, no início da tarde, era negociado a R$ 4,09, em queda de 0,21%.
O cenário de incerteza política no Brasil é um dos principais fatores para a volatilidade da moeda. A B3 (ex-Bovespa), por sua vez, subia 1,52%.
A equipe econômica tenta negociar um texto alternativo ao projeto original da reforma da Previdência para facilitar a sua aprovação. Vem ganhando força a ideia de que o Congresso Nacional pode assumir a liderança na condução da reforma, visando a blindar o texto e preservar a economia de R$ 1 trilhão em dez anos.
Na última sexta-feira (17/05), em meio a uma forte turbulência no câmbio, o BC anunciou que vai intervir para tentar controlar a disparada do dólar. A autoridade monetária deu início nesta segunda-feira aos chamados leilões de linha (operação que equivale à venda de dólares com o compromisso de recompra no futuro).
O BC disse que poderá oferecer até US$ 3,75 bilhões ao mercado. Os leilões começam a ser realizados na tarde desta segunda-feira.
O mercado também está receoso quanto ao desempenho da economia brasileira em 2019.
De acordo com os economistas consultados pelo BC no Boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 1,24% neste ano. Na semana anterior, a projeção era de expansão de 1,45%. Esta é a 12ª vez consecutiva que os economistas revisam para baixo as expectativas sobre o PIB.
Entre os mais pessimistas, há projeções que apontam um crescimento inferior a 1% este ano.