A Prefeitura de Itabira inaugurou nesta quarta-feira (29/05) a sala de recursos multifuncionais da Escola Municipal Antônio Camilo Alvim, no bairro Barreiro. O conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e itens pedagógicos atenderão crianças e adolescentes com deficiências e transtornos do desenvolvimento. O espaço foi implantado por iniciativa da Fundação Vale, em parceria com o Município e a Associação Imagem Comunitária (AIC). A ação tem apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O termo de entrega e doação dos materiais foi assinado pelo secretário Municipal de Educação, José Gonçalves, e os representantes dos entes parceiros em solenidade realizada na escola. A nova sala recebeu computador e softwares especiais, jogos lúdicos e de raciocínio lógico, além de decoração e mobiliário infantis.
Na ocasião, a Fundação Vale lançou sua publicação “Educação inclusiva: experiências de estruturação de salas de recursos multifuncionais em Minas Gerais”. O material foi entregue também em encontro com educadores e especialistas na terça-feira (28/05), no auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Mata do Intelecto).
Atendimento ampliado
O atleta paraolímpico Anderson Souza, de Belo Horizonte, participou do ato e elogiou a iniciativa. “Todos temos papel fundamental na formação de nossos jovens. Crianças com deficiência, seja ela qual for, precisam ser estimuladas”, disse.
A rede municipal de Itabira possui dez salas de recursos, implantadas via colaboração da Fundação Vale e AIC. “Com nossa sala de recursos atenderemos a demanda de 17 comunidades rurais no entorno do Barreiro. Um marco histórico, sendo que o acesso das crianças e famílias ao centro da cidade é um desafio”, comentou Valdênia dos Anjos Oliveira, diretora da Antônio Camilo Alvim.
José Gonçalves endossou o relato de Valdênia, recordando que, antes, alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) em territórios como o Candidópolis precisavam se deslocar até a área central de Itabira para o atendimento educacional necessário. “Agora são atendidos na própria escola. Eles têm um reforço, uma educação de fato especial, uma educação que os respeita”.
Muito além
Protagonista no segmento é o Centro Municipal de Apoio Educacional (Cemae). A instituição faz o levantamento das orientações e adaptações necessárias às crianças com NEE nas escolas, como atividades em código braille, auxílio ledor ou transcritor, por exemplo. Tudo é definido conforme a complexidade do quadro diagnóstico apresentado por cada aluno.
“A sala de recursos é apenas um dos serviços desenvolvidos nas escolas da rede municipal. Os alunos têm suporte dos profissionais de apoio, professor ou monitor, que os acompanham no horário de aula regular. O Cemae orienta e acompanha todo o processo de inclusão do aluno com NEE”, ressaltou Cleusa Reis, diretora do Centro. Segundo a SME, mais de 200 crianças com alguma deficiência ou dificuldade de aprendizagem são atendidas na rede.