Pacientes do SUS agora tem acesso a um novo tratamento por radiofrequência para tratar nódulos de tireóide. O procedimento é pouco invasivo e ainda preserva a glândula.
A iniciativa inédita na América Latina foi implantada durante curso para cirurgiões da área da cabeça e pescoço, no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE).
O curso foi ministrado pelo cirurgião Leonardo Rangel e pelo médico paulista Erivelto Volpi, que trouxeram a técnica ao Brasil.
Hoje, a Ablação por Radiofrequência é feita com sucesso no país, com uma diminuição do tamanho dos nódulos em 80% dos casos.
A nova técnica acaba de receber código no rol de procedimentos da Associação Médica Brasileira (AMB), prerrogativa para entrar na Agência Nacional de Saúde Suplementar e, assim, ser oferecida à população por meio do SUS e de planos de saúde.
Estima-se que quase 60% da população brasileira, cerca de 52 milhões de pessoas, podem desenvolver nódulos tireoideanos na faixa dos 50 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
Sem marcas
A Ablação por Radiofrequência é capaz de eliminar o nódulo sem deixar qualquer marca.
O procedimento é feito com a introdução de uma agulha fina no nódulo, guiada por ultrassonografia e que age por meio de ondas de calor.
A prática evita cortes no pescoço e reduz consideravelmente o tamanho do nódulo, resultado visto já nos primeiros meses após a sessão.
Além disso, preserva as funções hormonais da glândula e evita eventuais doenças.
“Ela permite que você trate o nódulo sem retirar tecido tireoidiano, então isso virtualmente impede que a pessoa tenha hipotireoidismo. Você trata um problema, sem criar outro”, esclarece o médico e pesquisador da UERJ Leonardo Rangel.
“Esta é uma tendência mundial, já que não há necessidade de internamento, o paciente faz e vai embora no mesmo dia, a recuperação é mais rápida”, afirma o cirurgião.
Com informações da UERJ