O ministro do Exterior da Alemanha, Heiko Maas, chegou hoje (8) ao Iraque, onde encontrou-se com o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi e o presidente Barham Salih. Eles debateram as tensões crescentes entre o Irã e os Estados Unidos.A visita, parte de giro de quatro dias de Maas pelo Oriente Médio, não fora previamente anunciada, devido a considerações de segurança.”Há um nítido perigo de erros de cálculo, mal-entendidos e provocações gerando consequências imprevisíveis nesta região altamente tensa”, explicou o ministro em Bagdá.”A escalada mais recente requer que nós, europeus, intervenhamos em favor da distensão e da coexistência pacífica. Não podemos simplesmente procurar o diálogo, temos que direcioná-lo, justamente onde as diferenças parecem intransponíveis e os conflitos de longa data são profundos”, disse.”Nós, europeus, estamos convencidos de que vale a pena todo esforço no sentido de manter o acordo nuclear de Viena com o Irã”, declarou o chanceler, referindo-se ao Plano Integral de Ação Conjunta (JCPoA), de 2015.O Iraque mantém laços estreitos tanto com Teerã quanto com Washington.
Sanções crescentesOS EUA têm imposto sanções crescentes sobre os iranianos, alegando que estariam desrespeitando o acordo vigente com a suposta intenção de forçá-los a aceitar controles mais rigorosos de seu programa nuclear.O presidente Donald Trump tem insistentemente tachado o JCPoA, de “um acordo terrível”, por não conter o avanço nuclear do Irã.Maas prometeu, ainda, que a Alemanha seguirá apoiando Bagdá no combate à milícia terrorista do autoproclamado Estado Islâmico (EI).O mandato das Forças Armadas de seu país nesse sentido é “absolutamente indispensável no momento”, frisou: é preciso empreender tudo para evitar que os jihadistas “pouco a pouco reconquistem o poder”.A Alemanha participa da missão militar internacional contra o Estado Islâmico com aviões de esclarecimento do tipo Tornado. O mandato do atual contingente, de cerca de 430 soldados, se esgota em outubro.Na sexta-feira, Maas esteve na Jordânia, e, em seguida, visitará os Emirados Árabes Unidos e o Irã. Além de explorar opções para salvar o JCPoA, ele quer escutar como os parceiros regionais avaliam a situação.
Tensão entre Estados Unidos e Irã leva chanceler alemão ao Iraque
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