O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, reuniu-se na quarta-feira (19/06) com o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, na sede da entidade, em Paris, e obteve dele o aval para que o Brasil receba uma etapa do circuito mundial da Formula E, de carros elétricos de alta performance.
Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte apresentaram propostas para sediar a prova, que é realizada em circuito de rua. Essa categoria, iniciada em 2014, tem provas de aproximadamente 1 hora de duração, com carros movidos exclusivamente a energia elétrica.
No caso do Rio de Janeiro, o governo estadual apresentou duas propostas: uma que envolve o complexo do Maracanã, com parte da corrida percorrendo inclusive o gramado do estádio, e outra na Marina da Glória. Em Belo Horizonte, a proposta é de a corrida acontecer na Esplanada do Mineirão.
O presidente da FIA recepcionou as propostas com interesse e disse que, se houver possibilidade, uma das etapas poderá acontecer no Brasil ainda em dezembro deste ano. Todt aproveitou a presença do ministro Marcelo e ligou para o ex-piloto de Fórmula-1 Felipe Massa. Ele é um dos organizadores dessa modalidade. Por telefone, Massa combinou de reunir-se em agosto com o ministro para definir detalhes da prova.
Ao ser questionado por Todt sobre os motivos que levaram o Brasil a pleitear uma corrida desta modalidade, o ministro Marcelo Álvaro Antônio disse que “ter a Formula E no Brasil é um indicativo importante de que o governo federal tem interesse em inovação e em sustentabilidade associada a um evento que tem alto poder de atratividade turística e retorno financeiro para o país”.
AGENDA – Na segunda-feira (17/06), também em Paris, o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Daniel Nepomuceno, esteve reunido com Alejandro Agaz, CEO e fundador da Formula E. Foram apresentadas a ele as especificidades técnicas de cada circuito proposto, bem como as contrapartidas necessárias.
A Formula E é o mais novo investimento das indústrias automobilísticas, que buscam desenvolver veículos sustentáveis e seguros. Como na Formula 1, os avanços tecnológicos da categoria são repassados para os veículos oferecidos em linha de montagem. Atualmente são 14 os circuitos desta modalidade.