As contas externas fecharam o mês de maio com saldo positivo. O superávit em transações correntes, compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, chegou a US$ 662 milhões, em maio segundo dados divulgados nesta segunda-feira (24/06), pelo Banco Central. Em igual mês de 2018, também houve superávit: US$ 900 milhões.
De janeiro a maio, o déficit chegou a US$ 7,576 bilhões, contra US$ 8,162 bilhões em igual período do ano passado.
Entre os dados das contas externas está a balança comercial, que registrou superávit de US$ 5,686 bilhões, em maio e acumulou US$ 20,585 bilhões, nos cinco meses do ano.
Por outro lado, a conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 2,989 bilhões, em maio, e de US$ 12,709 bilhões, nos cinco meses do ano.
A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 2,484 bilhões no mês passado e em US$ 16,807 bilhões, no acumulado do ano até maio.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 449 milhões, em maio, e de US$ 1,355 bilhão, em cinco meses.
Investimento estrangeiro
De janeiro a maio, o resultado negativo para as contas externas foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.
A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo. Nos cinco meses do ano, o IDP chegou a US$ 35,137 bilhões. Em igual período de 2018, esses investimentos chegaram a US$ 26,886 bilhões. Em maio, esses investimentos totalizaram US$ 7,070 bilhões, contra US$ 2,994 bilhões em igual mês de 2018.