EXAME
Quando uma empresa com 900 bilhões de dólares de valor de mercado e quase 250 bilhões de dólares em caixa divulga um novo negócio, a expectativa só poderia ser gigantesca. É o que aconteceu na segunda-feira (24/06) com a empresa de tecnologia Apple, que lança um serviço de streaming em vídeo semelhante a plataformas como as gigantes Netflix e Amazon Prime. A aposta mira o futuro num momento de questionamentos sobre seu principal produto.
O evento de lançamento da nova plataforma acontecerá no teatro Steve Jobs, fundador já falecido da companhia, na Califórnia, às 14 horas no horário de Brasília. Entre os confirmados para a cerimônia estão grandes nomes do cinema, como Steven Spielberg e J.J Abrams.
O novo empreendimento da Apple acompanha o fluxo de grandes companhias que, de olho no crescimento do mercado de streaming, miram no modelo de conteúdo em vídeo por assinatura. Na última semana, após o fechamento da tão esperada compra da 21st Century Fox pela Walt Disney, negócio que já era previsto há quase um ano, a companhia do Mickey Mouse finalmente pôde começar a organizar o catálogo do Disney+, serviço de streaming que deve entrar no mercado até o final de 2019 e contará com conteúdo próprio da Disney e de sua mais nova aquisição.
Além do serviço de streaming em vídeo, a principal atração do evento que a Apple realizará hoje, a companhia também deve lançar três outros negócios: uma plataforma de acesso a diversos veículos jornalísticos, um novo serviço de games e um cartão de crédito vinculado ao já existente aplicativo Wallet, disponível para iPhones.
Somente no quarto trimestre de 2018, a Apple registrou uma baixa de 15% nas vendas de seu principal produto, o iPhone, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Nesse cenário, a companhia já investiu 1 bilhão de dólares na produção de conteúdo para seu novo serviço, que já conta com, pelo menos, dez títulos originais. Competir com HBO, Amazon e Netflix não será barato. Mas dinheiro não será problema para a Apple.