O Globo
BRASÍLIA – O ministro da Economia, Paulo Guedes , disse, nesta quinta-feira (27/06), que o governo vai injetar mais de R$ 100 bilhões na economia por meio da liberação de compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central . Ontem, a autoridade monetária anunciou uma redução de 33% para 31% na alíquota dos compulsórios a prazo, o que vai liberar R$ 16,1 bilhões. Guedes, no entanto, disse que o número será muito maior.
Segundo ele, o governo está “despedalando” os bancos públicos por meio da devolução de recursos dessas instituições ao Tesouro Nacional. Em outra ponta, estão sendo adotadas medidas de expansão do crédito privado.
– Vem mais de R$ 100 bilhões de compulsório aí na frente. Então nós estamos encolhendo o crédito público e melhorando a alocação de recursos, expandindo o crédito privado – disse o ministro depois de um almoço com o presidente do Senado , Davi Alcolumbre .
Ao falar da agenda econômica do governo Bolsonaro para além da reforma da Previdência , Guedes também destacou o plano para baratear o gás e a reforma tributária. No gás, a ideia é quebrar o monopólio da Petrobras nesse segmento, o que, segundo o ministro, poderia reduzir o custo do produto em até 50%.
– Estamos dando um choque de energia barata, quebrando um duplo monopólio, tanto na extração e refino do gás, quanto na distribuição do gás. Nós vamos reindustrializar o país em cima de energia barata. E, da mesma forma, isso vai acabar chegando no botijão de gás da família, diminuindo em 30, 40, até 50% o custo do gás, lá no final da linha. Então tem uma agenda muito grande – disse o ministro, acrescentando:
– Essas coisas não acontecem por acidente.