A cantora britânica Joss Stone afirmou em uma mensagem publicada no Instagram que foi deportada do Irã, onde daria prosseguimento a sua “Total World Tour”, que começou há cinco anos.
Stone citou a decepção com o incidente ocorrido em sua chegada na ilha iraniana de Kish, onde pretendia se apresentar na última escala de sua turnê mundial.
“Fomos detidos e depois nos expulsaram”, afirma em um vídeo. A mensagem acrescenta que as autoridades suspeitavam que ela queria cantar em público nesta ilha turística do Golfo.
Na República Islâmica do Irã as mulheres são proibidas de cantar sozinhas em público.
“Nós sabíamos que não poderia acontecer uma apresentação pública, pois sou uma mulher e isso é ilegal neste país”, escreveu a cantora, sem especificar onde ou como ela pretendia fazer o show.
“Tão perto e, no entanto, tão longe, este momento quebrou um pedacinho do meu coração”, completou a cantora na mensagem, acompanhada por foto em que aparece usando um véu.
De acordo com a conta de Joss Stone no Instagram, o show que ela programava para o Irã seria o denúmero 200 da “Total World Tour”, que começou em 2014.
O objetivo do projeto é cantar em todos os países do planeta, o que já levou Stone a países como Líbia, em guerra, Sudão do Sul e Coreia do Norte, onde ela fez uma apresentação “não oficial”.
O governo do Irã confirmou que rejeitou a entrada de Stone em seu território, mas negou a detenção.
“Joss Stone e os que a acompanhavam não foram detidos, mas tiveram a entrada rejeitada no território de acordo com as normas, porque faltavam documentos necessários”, anunciou a agência estatal Irna, que citou a polícia da ilha de Kish.
A agência se limitou a informar que a cantora e seus músicos chegaram de Mascate (Omã) e foram embora no dia seguinte, rumo aos Emirados Árabes Unidos”.
A cantora descreveu os agentes de imigração iranianos como “pessoas genuinamente gentis que se sentiram mal” por não terem conseguido ajudar sua equipe.